Sobre como uma Kombi furgão está se transformando num camping móvel. E outras curiosidades sobre Kombis.

quarta-feira, novembro 30, 2005

Kombi Adventure

Nossa Kombi ainda está na oficina de lanternagem e pintura, portanto, as tão solicitadas fotos ainda devem demorar alguns dias para entrarem no ar. Assim que ela estiver de volta, passamos para a segunda etapa, que é a instalação (ou tentativa de instalação) do banco traseiro. Precisamos dela para testar tudo antes de colocar em prática.

Enquanto as novidades de fato não aparecem por aqui, deixo para os leitores algumas sugestões de leitura que encontrei pela rede. Uma delas, bastante interessante, é o que parece ser uma revista de propaganda de uma versão camper da Kombi conhecida como Adventure. Trata-se de uma adaptação bancada por uma empresa norte-americana, sediada na Califórnia.

Essa empresa, pelo que consta no material, de 1972, foi fundada após a experiência de um casal que percorreu 31 países em quatro continentes diferentes dentro da mesma Kombi. O casal, que não teria dinheiro para pagar hospedagem nem passagens em uma viagem desse porte, resolveu comprar uma Kombi e montar um pequeno motorhome. À medida em que o passeio avançava, o carro recebia novas adaptações.

Parte do material encontrado é este que segue abaixo. O restante está disponível no site Adventurewagen, Inc. marketing materials. Antes mesmo de terminar a leitura do material, resolvi disponibilizar por aqui para compartilhar com vocês. Portanto, se houver dúvidas sobre como eles percorreram quatro continentes partindo dos Estados Unidos, elas permanecerão, a não ser que você leia as demais páginas. Pelo visto, vale a pena, principalmente para quem gosta de curiosidades.


quinta-feira, novembro 24, 2005

Limusine vs. Kombi

Uma limusine está parada no sinal vermelho ao lado de um jovem de cabelo comprido em uma velha Kombi. O executivo que está na limusine começa a zuar o jovem cabeludo:

- Esta é a melhor limusine que o dinheiro pode comprar. Tem ABS, airbags para todos os passageiros, controle de temperatura automático, computador de bordo, vidros fotocromáticos, mini-bar, uma televisão com uma antena parabólica embutida no teto, blá, blá, blá,...

Neste ponto o dono da Kombi interrompe:
- Mas tem vídeo cassete?

O sinal passa para o verde, liberando o dono da limusine de uma resposta embaraçosa. Ele está um pouco desapontado por não ter esse item tão simples, e resolve mandar instalá-lo nos próximos dias.Alguns dias se passam, e novamente a limusine pára num sinal ao lado da Kombi. O executivo quer falar com o jovem cabeludo, mas os vidros estão fechados e embaçados. Ele bate no vidro até que ele se abre, e o rapaz põe a cabeça para fora.
- Eu instalei o vídeo cassete na limusine! - diz o executivo orgulhosamente.
- O quê? - responde o jovem - Você me tira do chuveiro só por causa disso??

Kombi Série Especial

A Volkswagen divulgou hoje comunicado para a imprensa informando sobre a Kombi Série Prata, edição limitada de despedida do motor refrigerado a ar. Leia parte do release e veja algumas fotos:

Com edição limitada a apenas 200 unidades, destinadas a colecionadores, admiradores da marca e empresas de transporte executivo, a Kombi Série Prata demarca o encerramento da produção do motor arrefecido a ar da Volkswagen do Brasil. (...) A carroceria pintada na cor "Prata Light Metálico" é o maior diferencial da Kombi Série Prata, além dos vidros verdes e do pára-brisa degradê. Na frente, a grade, o pára-choque e os aros dos faróis recebem o acabamento "Cinza Cross", o que garante o visual distinto dessa edição limitada. As setas direcionais possuem lentes brancas (cristal). Já a parte traseira, além do pára-choque "Cinza Cross", destaca-se pelas lanternas fumês, pelo desembaçador do vidro e pelo logotipo "Kombi Série Prata".




quarta-feira, novembro 23, 2005

Definição de cor, estepe e bagageiro

O único comentário recebido por este blog sobre a pintura da Kombi sugeriu que fosse adotado o amarelo. Sugestões são sempre bem-vindas, mas infelizmente, não poderemos adotar todas elas. Não faz parte dos nosso planos cores claras, pois elas podem não dar muito contraste com o branco. O resultado é que o verde é a cor escolhida para figurar na Kombi.

E houve, hoje, mudanças no projeto. O Grego, famoso soldador do bairro Bom Pastor, aqui em Divinópolis, mostrou-se disposto a bolar o mecanismo do estepe na frente da Kombi. Isso deve liberar alguns bons e importantes centímetros no interior da caçamba do carro. Isso porque, pelo projeto da Volkswagen, o pneu sobressalente fica guardado atrás dos bancos dianteiros. O resultado é que a divisória entre o compartimento de bagagem e os bancos é arredondada na região onde fica o estepe. Mas, como ele vai mudar de lugar, teremos algum espaço de sobra para aproveitar.

O Grego também será o responsável pela instalação do bagageiro no teto, onde ficará instalada a caixa d’água e o toldo. Este último será importante pois, abrindo para o lado da porta de trás, formará uma varanda ao lado da Kombi, para a gente tomar cerveja ou ficar deitado de bobeira esperando o tempo passar.

segunda-feira, novembro 21, 2005

A hora da pintura

Passamos hoje na oficina de lanternagem e pintura e deixamos a kombosa por lá. Ficou acertado um orçamento de R$ 1.200 para reparar os pontos de ferrugem do assoalho e os pequenos amassados na lataria (eram pequenos, porém muitos), além, é claro, da pintura geral. Está decidido que ela será pintada em duas cores, no estilo conhecido como "saia e blusa": branco na parte de cima e outra cor na de baixo.

O que ainda não foi definido é qual a cor vai ficar embaixo. Azul foi descartado desde o início, por questões futebolísticas. Preto, também por questões futebolísticas, verde e vermelho são as três principais candidatas. Cores cheguei, tipo laranja, rosa ou roxo sequer foram consideradas. Pensei em promover uma eleição com os freqüentadores deste blog, mas eles são como os ET’s: há indícios de que existem, mas não se pode afirmar com toda a certeza.

Sendo assim, sou eu mesmo que vou decidir. Deixo para vocês algumas opções pelas quais podemos nos inspirar. Obviamente que o estepe na dianteira deve ser ignorado. E, no mais, espero que todos gostemos do resultado.



Grande Brasileira

A seção Grandes Brasileiros da revista Quatro Rodas dá espaço aos automóveis clássicos fabricados no Brasil no passado e que, depois de sair de linha, seguem impecáveis em garagens de colecionadores. A única exceção à regra aconteceu na edição em que a homenageada foi a Kombi. Nada mais justo, como disse o repórter Sérgio Berezovsky na oportunidade. Mesmo ainda em produção, tem muita gente que tem apreço por Kombs e gosta de restaurá-las.

Kombi na MTV

No programa Pimp My Ride, que a MTV apresentou no último sábado (19/11), a estrela da noite foi uma Kombi. Ela era de um cara que gostava de surfar e usava o kombão para levar a prancha para a praia. O carro era bem antigo, ainda daqueles que tinham a frente com um desenho em forma de V, bem mais legal que o atual. O resultado ficou bem bacana, principalmente, porque eles refizeram a pintura em estilo clássico. Do lado de dentro, botaram liquidificador para fazer vitamina, sofá, secadora de roupas e - o mais legal - uma tevê de plasma de 42 polegadas.

O programa é reapresentado na madrugada de hoje (21/11) para amanhã, à 1h30.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Mais sobre o fim da Kombi refrigerada a ar

Segue um trecho da matéria do repórter Daniel Camargos, do caderno de veículos do Estado de Minas, sobre o fim da produção da Kombi com motor refrigerado a ar:

"O ronco de motor de Fusca, Kombi e Brasília, entre outros, será apenas um barulho nas ruas. No fim do ano, a linha de montagem da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) equipará a última Kombi com o motor refrigerado a ar ainda fabricado em série no mundo. O motor chamado de Boxer – em uma alusão aos movimentos repetitivos dos pistãos, que se assemelham aos movimentos do punho de um pugilista – nasceu junto com o Volkswagen Sedã, o Fusca, em meados da década de 30, a pedido do ditador alemão Adolf Hitler.

“Esse motor roda em locais onde não tem água, como desertos”, explica o professor do departamento de engenharia mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ramon Molina. O deserto africano fazia parte dos planos de guerra do general nazista, que encomendou o Fusca para Ferdinand Porsche também com o intuito de motorizar a população alemã."

Ele veio me questionar pelo MSN sobre o fato de eu ter citado a matéria da Fusca e Cia e não a dele. Pronto, agora está aí. Como era de se esperar, ficou mais poética que a revista e, mesmo assim, mais informativa.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Kombi no Orkut

Ao pesquisar a palavra-chave Kombi no Orkut, verifiquei que existem 644 comunidades sobre a Kombi ou sobre algum tema relacionado a Kombis cadastradas. A maior delas é a Kombi Comanda!, que tinha até hoje 1.717 membros. A quarta maior comunidade é a Odeio Kombi!, com 1188 integrantes.

Para quem ainda não conhece, o Orkut é um site de relacionamentos bancado pelo Google em que todos (incluindo eu) podem expôr sua vida abertamente para qualquer um que também esteja cadastrado.

Boa leitura

A edição número 8 da revista Fusca & Cia (On Line Editora; R$ 9,90) traz boa reportagem sobre o fim da fabricação da Kombi com motor refrigerado a ar. A matéria mostra a história da Kombi e as atualizações do modelo no Brasil e no mundo. O motivo de relembrar a evolução da cinqüentenária van da Volkswagen é que o tradicional motor refrigerado a ar deixa de equipar o modelo no fim do ano, dando lugar ao motor 1.4 a gasolina refrigerada a água da linha Fox de exportação.

Pelo que consta dos meus conhecimentos kombísticos, só o Brasil ainda produz Kombi. A produção de modelos de projetos antigos é típica de países em desenvolvimento, como Brasil, México, Índia e outros países da Ásia, América Latina e África. Obviamente que isso é fruto do baixo poder aquisitivo da população. As atualizações da Kombi no exterior a remodelaram completamente e, antes de sair de linha lá fora, ela nada tinha a ver com o carro que resiste em ser vendido no Brasil atualmente.

Não é porque o projeto de um carro é antigo que necessariamente ele seja ruim. Outros exemplos que resistem ao tempo no Brasil são o Fiat Uno e o Volkswagen Gol, que já deixaram de ser produzidos há vários anos na Europa. Mesmo assim, eles continuam sendo vendidos como água pelos lados de cá do oceano, sobretudo por causa do preço.

Com a Kombi, acontece exatamente a mesma coisa. O preço baixo é o principal (talvez o único) atrativo. Para muitos, ele não é suficiente. Tem muita gente que não gosta do "pão de forma" da VW e faz cara feia para ela no trânsito. Exemplo é o Boris Feldman, que depois de ficar sabendo que comprei uma Kombi me proibiu de falar que fui repórter dele por mais de dois anos.

Bom, a proibição foi burlada. E muita gente vai ter que continuar engolindo a Kombi por aí.

Enfim, as fotos





Para quem estava esperando, se é que tinha alguém fazendo isto, aqui estão as fotos da Kombi antes da transformação. Como já foi dito por aqui, é uma modelo furgão ano 1996. Os primeiros passos para a transformação estão programados.

O primeiro, é claro, foi a parte mecânica. Apesar de ser pouco rodada (72 mil quilômetros em nove anos), ela tinha uma série de defeitos, aparentemente normais para um ex-carro de empresa. Os amortecedores traseiros estavam emperrados. O motor apresentava vazamento de óleo. Disco de embreagem, pastilhas e discos de freios estavam completamente desgastados e precisavam ser trocados. O câmbio também estava com problemas.

Três dias na oficina e tudo isso foi resolvido. O serviço completo, incluindo mão-de-obra, ficou pouco acima dos mil reais, o que está dentro do orçamento previamente imaginado.

Já fora da oficina, os pneus também foram trocados. O dono anterior havia colocados pneus de medida 165R14, ou seja, de perfil baixo, o que deixava a direção mais pesada e a Kombi indomável para as manobras dentro da garagem de casa. Trocamos para pneus de medida 185R14 e ela ficou levinha se comparada ao que era antes.

Por enquanto, é isso o que foi feito. Os próximos passos serão a lanternagem nos pequenos amassados pela lataria e das ferrugens no assoalho, instalações elétricas para o frigobar e a tevê, a forração da caçamba e, por último, a montagem dos móveis e da cama rock n'roll. Ah, ia me esquecendo, vamos pintá-la também. Mas tudo isso é assunto para os próximos dias.

quarta-feira, novembro 02, 2005

A cama rock n'roll

Nas fotos publicadas na última postagem, faltou mostrar um detalhe: como o banco traseiro se transforma em cama de casal. Quem visitou o site do Calypso Campers ou o Munich Campers já entendeu. Para quem não viu, mostro essas fotos tiradas do site australiano VintageBus.com.



Obviamente que trata-se de uma kombi camper ainda por terminar. Mas o conceito do banco-cama, chamado nos sites especializados de rock n'roll bed (algo como "cama rock n'roll") fica claro e vai nos ajudar bastante a terminar a nossa kombi.

Falta agora procurar entender realmente onde estão presas as ferragens e como elas deslizam pela caçamba. Não deve ser difícil.

terça-feira, novembro 01, 2005

O projeto

Depois de uma noite inteira olhando na internet, definimos o que provavelmente vai ser seguido como projeto do interior da Kombi. Foi retirada do site Calypso Campers, da Inglaterra. É um site de transformadores especializados em transformação de kombis antigas em campers.

O nome do modelo é Dundee. Pelas informações do site, foi montado sobre uma Kombi 1975 importada da Austrália. Só há uma diferença obrigatória entre o projeto que vamos montar e a Dundee: é que, na Austrália, o volante fica ao lado direito. Para imaginar como deve ficar a nossa, que ainda não tem nome, basta visualizar tudo invertido.

Em breve, novas idéias. E, claro, as fotos da nossa kombi, que ainda não foram colocados no ar.